A ansiedade persiste
- Alexandre Attard Bueno
- 25 de mar. de 2019
- 2 min de leitura

A verdade é que nós fomos essencialmente constituídos para lutar pela sobrevivência, o ser humano foi constituído para isso. Depois de milhões de anos de evolução e desenvolvimento humano, a que fomos trazidos: lutar nossas batalhas no Facebook. Como é que nos atolamos tão raso?
Esta vida moderna e confortável é um desenvolvimento recente na longa história da humanidade, que ainda não está completamente pronta. Os seres humanos são animais afinal de contas, e no mundo de hoje, passamos a vida andando para lá e para cá em nossas jaulas blindadas e eletrificadas.
Durante a maior parte da história humana, apenas sobreviver já era uma realização, nossa luta diária, e por isso desenvolvemos uma enorme quantidade de ansiedades e tendências agressivas (agressividade não é violência) que ajudaram a garantir que afastaríamos qualquer perigo próximo e defenderíamos nosso grupo com a voracidade de um selvagem. Hoje, esses perigos já não são iminentes, mas essas ansiedades e a agressão persiste.
Esse instinto animal para lutar e vencer no seu grupo tem que ir para algum lugar, e infelizmente, para mais e mais pessoas, ele vai para a mídia social. Estas encontram-se sem luta para enfrentar, para defini-los como vencedores, vencedores no jogo da sobrevivência, por isso, inventam uma luta em sessões de comentários e ultrajes com hashtag.
Os seres humanos foram constituídos para muito mais do que combate virtual. Nós lutamos e alcançamos nosso objetivo até o topo da cadeia alimentar mais de uma vez, competindo contra feras de garras afiadas como navalha e dentes do tamanho de um punhal, e isso sem nenhuma das armas que possui o homem moderno. Construímos nossa civilização da lama e das pedras, formamos comunidades e as defendemos. Nós não fomos feitos para guerra digital, nós fomos feitos para a realização real.
Descubra qual seu destino. Feche o Facebook, saia do Instagram, pegue seu equipamento e venha para a selva.
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