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O COMEÇO DO COMBATE CORPO A CORPO NAS OPERAÇÕES DE DEFESA

  • Alexandre Attard Bueno
  • 24 de jun. de 2020
  • 3 min de leitura

Desde o início dos tempos, o homem domina ou mata seus inimigos com as próprias mãos. As armas mudam, mas nunca são evitadas. Paus e pedras quebram. Flechas e cartuchos acabam. Espadas e fuzis são derrubados e perdidos. Logo, o guerreiro tem somente seu juízo e suas habilidades para subjugar o inimigo, especialmente em combate aproximado.


A Caça e a luta estão associadas desde a pré-história. Matar para comer, seja um mastodonte ou veado, matar para proteger, seja um urso neandertal ou um invasor, enfim, utilizamos habilidades e táticas muito semelhantes: “tombe o outro antes que ele tombe você”.


Os esportes, na antiguidade, foram originalmente destinados a ensinar os jovens a caçar e lutar. Habilidades especiais evoluíram com mudanças no jogo, como a inserção da faca, da lança e da flecha. Os esportes foram também os primeiros inovadores dos sistemas de combate corpo a corpo. Isso seria equivalente, nos dias de hoje, aos operadores de defesa que empregam essas armas efetivamente.


Importante observar que as táticas, hoje chamadas de operações especiais, como ataques, emboscadas e missões cirúrgicas por pequenos grupos de combatentes bem selecionados, existem desde o surgimento do homem e da guerra. Mas quero concentrar o texto na luta corpo a corpo. Portanto, quando uso o termo "operador", refiro-me a um homem com habilidades especiais também em luta a mãos nuas.


A atual civilização nasceu com a agricultura e a religião. Com os assentamentos organizados também vieram as forças armadas e aprendemos rapidamente que coisas como comando e disciplina, estratégia e tática, e, ainda, habilidades marciais precisavam ser desenvolvidas e ensinadas.


Antes as habilidades eram concentradas principalmente na espada e no escudo, no arco e na lança, mas havia pouco do treinamento corpo a corpo. Porém, acredito que a maioria dos soldados já possuía essas habilidades corpo a corpo, adquiridas por meio de esportes e de brincadeiras que sempre foram comuns entre meninos e homens. Só precisavam ser manifestadas.


Esparta possuía forças armadas dominantes. A cultura grega, de forma geral, valorizava os jogos, pois o objetivo era treinar jovens em habilidades marciais e desenvolver habilidades atléticas que os beneficiariam. Ressalto que todos os soldados espartanos possuíam habilidades respeitáveis, já que, praticamente, todos os meninos gregos participavam dos jogos, os mais populares deles envolvendo luta.


A luta corpo a corpo sempre enfrentou três fatores principais:

  1. Cultura de unidades e sociedades

  2. Tendências em artes marciais e de combate

  3. A necessidade humana de controle e resultados previsíveis, que são um fator e um obstáculo em todo o ensino, da matemática às artes marciais


Durante séculos, a luta livre continuou a ser ensinada. Ela evoluiu e incluiu técnicas de desarmamento, reduzindo, assim, a vantagem do inimigo que tem uma arma maior. Por exemplo, se estiver ao alcance do lutador, é possível atingir o inimigo com um punhal.


Os alemães criaram um sistema para essas situações chamado Kampfringen, que se traduz em "luta de combate". Os praticantes dessas técnicas foram os operadores da época. Eles eram os caras que faziam o reconhecimento e as incursões.


Durante o período medieval japonês, os clãs Ninjas apareceram e floresceram lado a lado da cultura samurai. Ambas as culturas tinham seus operadores, selecionados para táticas e missões especiais. As habilidades corpo a corpo faziam parte, é claro, dessas culturas e treinamentos. A China e toda a Ásia tiveram suas evoluções marciais semelhantes.


Além disso, a cavalaria foi, durante séculos, as tropas especiais do campo de batalha em toda a Europa e Oriente Médio. Elas eram os mais difíceis de defender, eram capazes de aparecer do nada no campo de batalha, atacar e subjugar, e depois desaparecer como uma ex-namorada. Por vários séculos, a cavalaria mongol foi uma força reconhecida. Suas habilidades em CQB (Combate em Ambiente Confinado) eram todas da sela e envolviam espada e lança, arco e flecha.


Os Rangers, progenitores das operações especiais nos EUA, tiveram um treinamento especial que foi emprestado de várias tribos nativas americanas (depois inovado e aprimorado) e grande parte envolvia faca. Não havia treinamento formalizado em combates corpo a corpo, mas mesmo assim, os Rangers mais experientes, ensinaram aos mais jovens as habilidades necessárias. Os Rangers têm uma reputação formidável.


Aqueles que, quando eram meninos, brigavam e lutavam com seus irmãos e amigos tinham a vantagem ao combater corpo a corpo com o inimigo.


Este texto ainda não está concluído. Em breve, publicarei a parte dois, falando dos jovens guerreiros (de verdade) brasileiros. Aguardem.


 
 
 

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